A Tucum esteve na segunda edição do 2º FIINSA (Festival de Investimentos de Impacto e Negócios Sustentáveis na Amazônia), em Manaus, junto a um time de empreendedores, investidores, organizações da sociedade civil, lideranças indígenas e outros atores que acreditam na geração de renda para as populações amazônicas como forma de manter a floresta em pé.
Realizado pelo Idesam e pelo Impact Hub Manaus, o evento apresentou ao longo dos dias 29 e 30 de novembro 29 painéis, 4 oficinas e uma sessão de pitch, onde negócios selecionados pela AMAZ aceleradora de impacto apresentaram seus negócios a investidores.
Juma Xipaya, cacica da aldeia Kaarimã abriu o primeiro dia reforçando seu compromisso com a manutenção da vida das populações da floresta no painel Visão de Futuro para a Amazônia e para o Brasil. E dá o recado: “Não tenho nenhum interesse em me encaixar na visão empresarial de quem não entende a Amazônia”. Fonte: Um só planeta.
No segundo dia, Amanda Santana, fundadora e diretora criativa da Tucum Brasil, ao lado de Joanna Martins, da Manioca e de Geferson Oliveira, da NavegAM, foram os convidados do painel Em busca do unicórnio (mapinguari) de impacto da Amazônia: desafios dos empreendedores para atingir crescimento, que teve moderação de Mariano Cenamo, da AMAZ Aceleradora de impacto.
“Quando um colar de tucum está sendo feito dentro da Terra Indígena Sete de Setembro [ onde habita o povo Paiter-Suruí ], naquela caminhada que a artesã faz dentro do mato [para coletar a semente], ela está fazendo o monitoramento do território. Ela tá fazendo manejo daquela floresta, daquele tucum. Está fazendo a limpeza do mato da trilha, vendo se a terra não está sendo invadida. Esse é um impacto impossível de medir na totalidade”, ressaltou Amanda Santana na cobertura feita pela jornalista Vanessa Adachi, do Reset.
Assim como defendeu a cacica Xipaya, Amanda Santana fez coro em sua fala à urgência em desconstruir os fundamentos de lucratividade sobre os negócios amazônicos, propondo descolonizar as dinâmicas de investimento. “A lógica de investimentos é colonizadora, exploratória. A gente precisa investir na Amazônia, na diversidade que está aqui. A floresta não para de pé sem as pessoas que estão dentro dela.”
Para ler a matéria do Reset na íntegra, acesse: https://www.capitalreset.com/as-dores-e-licoes-de-tres-candidatas-a-unicornio-da-amazonia/ Também vale ler a matéria do Um Só Planeta, que teve Juma Xipaya como destaque.