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Observatório Tucum
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Crédito: © Tuane Fernandes / Greenpeace

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Dez aldeias Guarani no RS capturaram mais CO₂ da atmosfera do que emitiram

Cacique Cirilo, em aldeia na Lomba do Pinheiro - Foto: Divulgação / Iecam

Um projeto que envolve 10 aldeias Guarani e mais de 3 mil hectares nos biomas Pampa e Mata Atlântica, no Rio Grande do Sul, demonstrou que, em um ano, conseguiu capturar mais dióxido de carbono (CO₂) da atmosfera do que emitiu. O resultado faz parte do mais recente Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) do Projeto Ar, Água e Terra, desenvolvido pelo Instituto de Estudos Culturais e Ambientais (Iecam) com patrocínio da Petrobras. Em 2024, foram emitidas 10,95 tCO₂e, principalmente por emissões veiculares e uso de adubo, mas as áreas de reflorestamento e conservação compensaram amplamente esse valor.

O plantio em áreas reconvertidas e recuperadas mitigou 3,83 tCO₂e em 2024, com potencial de chegar a 945 tCO₂e em até 20 anos. Já as áreas de preservação e conservação, que somam 3.145 hectares, capturaram cerca de 3.877 tCO₂e no período analisado, podendo atingir até 42.096 tCO₂e a longo prazo. Com isso, o balanço líquido de 2024 foi de uma redução total de 3.869,97 tCO₂e, mostrando que o projeto não apenas neutraliza suas emissões, mas gera impacto climático positivo.

Desde 2011, o Projeto Ar, Água e Terra utiliza inventários anuais de GEE para orientar decisões e fortalecer ações ambientais, integrando conhecimento tradicional indígena e práticas contemporâneas de conservação. Para os próximos anos, a meta é ampliar áreas restauradas, integrar reflorestamento, agroflorestas e segurança alimentar, e reforçar a atuação conjunta entre saberes indígenas e ciência. Segundo a coordenação, a iniciativa comprova que ações locais, enraizadas culturalmente, podem gerar respostas efetivas frente à crise climática global. Fonte: Brasil de Fato

Secretário-geral da ONU nomeia ativista indígena Txai Suruí para Grupo Consultivo sobre Mudança Climática

Foto: © ONU

A ativista indígena Txai Suruí, fundadora do Movimento da Juventude Indígena de Rondônia e coordenadora da Associação de Defesa Etnoambiental – Kanindé, foi nomeada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, para integrar o Grupo Consultivo de Jovens sobre Mudança Climática. O anúncio, feito no Dia Internacional da Juventude (12 de agosto), marca a terceira formação do grupo, que passou de sete para quatorze integrantes, reunindo lideranças de diversas regiões do mundo para oferecer conselhos práticos, perspectivas juvenis e recomendações concretas que apoiem as Nações Unidas na aceleração da ação global contra a crise climática.

A nova composição reflete a importância crescente da participação jovem diante da urgência climática, especialmente em um ano decisivo, que marca o décimo aniversário do Acordo de Paris e exige novos compromissos nacionais alinhados ao limite de 1,5°C. Com desastres climáticos cada vez mais graves, Guterres destacou o papel central da juventude na cobrança por mudanças e no fortalecimento da justiça climática, incentivando jovens a não desistirem. O grupo reúne diversidade de identidades, experiências e especializações, e seus membros devem ampliar o diálogo com redes juvenis de seus países, incorporando essas vozes nas orientações à ONU. Foto: ONU Brasil

Indígenas inscritos no Enem crescem quase 90%; serão 37 mil candidatos

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025 registrou mais de 37 mil inscrições de estudantes que se autodeclararam indígenas, um aumento de quase 90% em relação a 2022, quando foram cerca de 20 mil. Amazonas lidera em número de inscritos (mais de 6,7 mil), seguido por Pernambuco (mais de 4,5 mil) e Bahia (3.450). Entre os participantes confirmados, 56% são mulheres e 44% homens.

Dos inscritos indígenas, mais de 16 mil estão concluindo o ensino médio, o dobro do registrado em 2022, enquanto 14 mil já finalizaram essa etapa escolar. Os dados, divulgados pelo Painel Enem, também indicam que as provas serão aplicadas nos dias 9 e 16 de novembro em todo o país, com exceção de Belém, Marituba e Ananindeua (PA), onde, devido à COP 30, o exame ocorrerá nos dias 30 de novembro e 7 de dezembro. Fonte: Agência Brasil

Com molhos e geleias, eles querem levar a Amazônia ao mundo e abrir mercado para os ingredientes da sociobiodiversidade brasileira

Letícia e Peter Feddersen, fundadores da Soul Brasil Cuisine.

Letícia e Peter Feddersen, fundadores da Soul Brasil Cuisine.

A Soul Brasil Cuisine, fundada pelo casal Letícia e Peter Feddersen, nasceu com a missão de gerar demanda para produtos da sociobiodiversidade brasileira, como a pimenta Baniwa, o guaraná de Mauês e o cacau de São Félix do Xingu. Criada em 2017, a marca começou com produção terceirizada e foco na exportação, mas a pandemia os levou a montar uma fábrica própria em São Paulo, em 2021, garantindo mais agilidade, personalização e preços competitivos. Hoje, com 10 funcionários e capacidade de produção de até 5.500 unidades por dia, o portfólio inclui cerca de 70 produtos orgânicos e com Selo Origens Brasil, vendidos em empórios, hotéis, restaurantes e e-commerce próprio.

Com parcerias estratégicas, como chefs renomados, a marca Fasano, a Swift e redes hoteleiras como Grand Hyatt e Club Med,  a Soul Brasil diversificou receitas e ampliou impacto. Parte dos lucros com a venda de produtos, como o Molho de Pimenta Baniwa com Açaí, é revertida para comunidades indígenas, enquanto ingredientes como cacau, guaraná e pimentas são adquiridos diretamente de produtores locais, beneficiando mais de 150 famílias e fortalecendo economias tradicionais. Essa atuação reforça o propósito de unir sabor, cultura e conservação ambiental.

Em crescimento, a empresa busca capital para expandir, especialmente para mercados internacionais como Canadá e China, mantendo o plano dos EUA em espera por incertezas fiscais. Até hoje, cerca de R\$ 2 milhões foram investidos com recursos próprios. Letícia e Peter seguem acreditando no potencial de levar os sabores e a cultura da Amazônia para o mundo, não apenas como um negócio de gastronomia premium, mas como um catalisador de impacto socioambiental positivo. Fonte: Maisa Infante

Confira a programação de eventos na Casa Tucum

Sábado, 16/08 – Grafismos e Roda de Conversa com Maputyra e Moxim Guajajara

A Pajé Ana Rosa Guajajara e sua filha Moxim Guajajara farão um encontro com Grafismos e Roda de Conversa, um ritual de cura espiritual e fortalecimento da energia vital, com pinturas corporais, defumação e cantos ancestrais.
Ingressos: R$ 100,00 (programação completa) ou R$ 30,00 (apenas roda de conversa).

Sábado, 23/08 – Oficina de Acessórios Híbridos com Jessie Romer

A Casa Tucum recebe a multiartista Jessie Romero para a Oficina de Acessórios Híbridos e Artesanais. A proposta é criar peças únicas que unem matérias-primas naturais a técnicas artesanais, em um encontro para falar sobre moda autoral, identidade e ancestralidade. Cada participante levará para casa sua própria criação.

Para participar, basta preencher o formulário na bio e nos stories, e entre em contato pelo link do WhatsApp clicando Aqui

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