Enem 2025: inscrições de autodeclarados indígenas saltam quase 90% em três anos

Foto: MS Pantanal
O Painel do Enem 2025, divulgado pelo Inep, apontou um aumento de 89% no número de inscritos autodeclarados indígenas em relação a 2022, passando de 19.980 para 37.489 participantes. Apesar do crescimento, o grupo representa apenas 0,77% dos 4,81 milhões de inscritos. Entre os candidatos indígenas, 55,6% são mulheres e 44,4% homens, sendo que a maioria , 16.610, está concluindo o ensino médio, o dobro registrado há três anos. Amazonas, Pernambuco e Bahia concentram as maiores inscrições.
As provas do Enem serão aplicadas nos dias 9 e 16 de novembro em 1.804 municípios, e, em Belém, Ananindeua e Marituba, nos dias 30 de novembro e 7 de dezembro, por conta da COP30. Criado em 1998, o exame é a principal porta de entrada para universidades públicas e privadas, além de programas de bolsas, financiamentos e intercâmbios internacionais. O crescimento da participação indígena reflete avanços na inclusão educacional e no acesso de povos originários ao ensino superior. Fonte: Metro 1
Primeira Bienal Indígena de Arquitetura e Urbanismo valoriza saberes ancestrais e propõe novas formas de habitar o mundo

Foto: midiaindigenanãooficial
Nasce a Primeira Bienal Indígena de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (BIAU), um marco histórico que celebra e reconhece os saberes ancestrais dos povos originários, por muito tempo silenciados. A BIAU destaca as construções indígenas como expressões de uma inteligência ecológica, espiritual e coletiva, revelando modos de vida em harmonia com a natureza e com o território.
Mais do que um evento, a Bienal é um processo contínuo de escuta, diálogo e cocriação entre povos indígenas, universidades e instituições parceiras. O espaço propõe unir ciência, arquitetura e espiritualidade para repensar o modo como habitamos o planeta, valorizando práticas que respeitam o meio ambiente e as comunidades tradicionais.
A BIAU será oficialmente lançada durante a COP30, em Belém, com uma programação que inclui oficinas, rodas de conversa e vivências coletivas. O encontro inaugural, realizado na Casa Maraká, simbolizou o primeiro passo dessa jornada que busca fortalecer pontes entre memória, território e futuro, colocando os povos indígenas no centro das discussões sobre arquitetura e sustentabilidade. Fonte: midiaindigenanãooficial
Príncipe William anuncia parceria histórica para proteger povos indígenas

Príncipe William na United for Wildlife (Cúpula Global Unidos pela Vida Selvagem), no Rio de Janeiro • Royal Foundation
Durante a Cúpula Global United for Wildlife, realizada no Rio de Janeiro, o Príncipe William anunciou uma nova iniciativa voltada à proteção dos povos indígenas e defensores da natureza na Amazônia. A parceria será conduzida entre o programa Unidos pela Vida Selvagem, da Fundação Real, a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), o Fundo Podáali, a Rainforest Foundation Norway e a Re:wild. O objetivo é oferecer apoio jurídico e financeiro de emergência aos líderes indígenas que enfrentam ameaças, além de fortalecer a segurança territorial e combater a exploração ilegal de recursos naturais.
O príncipe destacou que “não é possível proteger as florestas sem proteger quem as defende”, reforçando o compromisso da iniciativa em atuar lado a lado com as comunidades locais, que há gerações preservam a Amazônia. Em 2024, mais de 1,7 milhão de hectares da floresta foram desmatados, impulsionados por crimes ambientais como garimpo e grilagem. Embora as terras indígenas representem cerca de 27% da Amazônia e apresentem índices de desmatamento até 83% menores que outras áreas, seus povos enfrentam crescente violência e intimidação, com quase 400 casos de ataques a defensores ambientais registrados entre 2023 e 2024.
A parceria histórica pretende eliminar barreiras à segurança dos povos indígenas e aprimorar o monitoramento de ameaças através de uma plataforma de dados compartilhada. A COIAB, que representa cerca de 750 mil indígenas em 110 milhões de hectares, celebrou a colaboração com a Fundação Real como um passo essencial para proteger vidas e territórios. Segundo Toya Manchineri, coordenadora-executiva da organização, “esta aliança é sobre apoiar e defender aqueles que dedicam suas vidas à proteção da floresta”. Fonte: CNN
A corrida pelo ouro no Brasil: como o garimpo ilegal ameaça os povos indígenas
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Foto: Eraldo Peres/AP
O garimpo ilegal no Brasil está intensificando sua ofensiva contra territórios indígenas, tornando-se uma séria ameaça à vida, à cultura e aos ecossistemas da Amazônia. A extração de ouro, a grilagem de terras e a contaminação de rios por mercúrio afetam diretamente comunidades tradicionais, que detêm cerca de 27% da floresta brasileira, mas enfrentam violência, invasão e impunidade enquanto protegem a natureza.
Dados recentes revelam que, embora as terras indígenas apresentem taxas de desmatamento significativamente menores, os defensores dessas áreas são atacados com frequência desproporcional: entre 2023 e 2024, foram registados quase 400 casos de violência contra ativistas ambientais no Brasil, com indígenas e afrodescendentes representando um terço das vítimas. A nova iniciativa anunciada pela Fundação Real, a COIAB e parceiros pretende fornecer suporte jurídico e financeiro emergencial para esses líderes ameaçados, reforçando a urgência de uma resposta global à crise.
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Vista aérea de um garimpo ilegal no território Yanomami durante uma operação do Ibama contra o desmatamento da Amazônia. — Foto: ALAN CHAVES/AFP
Diante desse cenário, os povos indígenas afirmam que a preservação da Amazônia está diretamente ligada não apenas aos esforços técnicos ou governamentais, mas à proteção dos corpos, dos territórios e dos saberes ancestrais que vivem nela. Na medida em que as atividades ilegais ganham força, aumentam também os riscos, ambientais, culturais e humanos — exigindo um alinhamento entre justiça climática, direitos humanos e soberania dos povos originários. Fonte: G1
Agenda Casa Niaré | COP30 – Belém (PA)

Durante a COP30, a Casa Niaré se torna um ponto de encontro entre povos da floresta, organizações, empresas e redes de impacto para fortalecer o diálogo em torno da sociobioeconomia amazônica, transparência e práticas sustentáveis. Confira a programação dos próximos dias:
13 de novembro | 8h30 às 10h
Carbono – Pré-lançamento do Guia de Melhores Práticas para Projetos na Amazônia Brasileira
Um espaço para debater transparência e integridade nos projetos de carbono. Liderado por Ana Beatriz Silva (AIC), o encontro apresenta o novo guia que propõe boas práticas e compromisso coletivo com a floresta em pé.
14 de novembro | 9h às 10h30
Contratos Éticos – Para uma Sociobioeconomia Justa na Amazônia
Diálogo sobre como firmar acordos transparentes e sustentáveis entre comunidades, empresas e investidores. Com representantes da AIC, Tucum, Origens Brasil, SBSA Advogados e Instituto Kanuentre, o painel reforça o papel dos contratos éticos na valorização das pessoas e da floresta.
14 de novembro | 14h às 16h
Mercados e Investimentos – Aliados da Sociobioeconomia da Amazônia
Um encontro entre comunidades e mercado, com representantes Yawanawa, Suruí, Asurini, Kabu, Con Amazonia, além de Mercado Livre, Rede Origens Brasil, Idesam, ASSOBIO, Fundo Estímulo, ABF e Sitawi. Mediação das anfitriãs da Casa Niaré e da AIC.
15 de novembro | 10h45 às 12h30
Borracha Nativa da Amazônia – Estratégias Multissetoriais para o Fortalecimento da Cadeia
Painel que une vozes da floresta, setor privado e organizações de impacto para fortalecer uma cadeia histórica e sustentável. Com Ana Carolina Vieira (AIC), Patricia Cota Gomes (Imaflora), Bruno Temer (Michelin), Jhanssem Siqueira (CNS), José Roberto de Lima (Associação de Pauini), Sebastião Pereira (Veja), Natasha Mendes (WWF) e Adriano Santos (Conexsus).
📍 Casa Niaré – R. Bernal do Couto, 791, Umarizal – Belém/PA
Todas as atividades são gratuitas, sem necessidade de inscrição prévia, e contam com lotação máxima de 40 pessoas.
Participe e fortaleça o diálogo entre saberes, territórios e soluções para a Amazônia viva.