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Observatório Tucum - COP30
Observatório Tucum - COP30

Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

Observatório Tucum - COP30

Barqueata reúne embarcações e lideranças da Amazônia em ato pela justiça climática em Belém

Movimento levou cerca de 5 mil pessoas de 60 países aos rios que cercam Belém em um ato pela Amazônia e pela justiça climática

membro do grupo indígena Kayapó tira fotos de barqueata durante a COP30. — Foto: PABLO PORCIUNCULA/AFP

Mais de 200 embarcações ocuparam a Baía do Guajará, em Belém, na manhã desta terça-feira (12), na barqueata que marcou a abertura simbólica da Cúpula dos Povos,  principal evento paralelo à COP30. O cortejo fluvial partiu da Universidade Federal do Pará (UFPA) rumo à Vila da Barca, bairro de palafitas que simboliza as contradições entre o discurso ambiental e a desigualdade social da cidade.

Durante cerca de duas horas, ribeirinhos, indígenas, quilombolas e ativistas de vários países transformaram o rio em um grande ato político e cultural, com cânticos, faixas e cartazes em defesa da floresta e da justiça climática. Entre os participantes, destacou-se a “Caravana da Resposta”, que viajou mais de três mil quilômetros desde o Mato Grosso até Belém, reunindo lideranças como o cacique Raoni Metuktire e a ativista Alessandra Korap Munduruku, simbolizando a resistência dos povos da floresta frente ao avanço do desmatamento.

Foto: Reprodução

Os organizadores definiram a barqueata como um “manifesto fluvial”, uma resposta visual e política ao colapso ambiental que ameaça a Amazônia. “As águas da Amazônia estão trazendo as vozes que o mundo precisa ouvir”, afirmou o equatoriano Líder Góngora, da Comissão Política da Cúpula dos Povos. Sob o sol e o reflexo das águas, a mensagem foi clara: a COP30 pode ter sede em Belém, mas o protagonismo pertence às vozes que emergem das margens e dos rios da floresta. Fonte G1

Protesto na COP30 

Na noite de 11 de novembro em Belém, um grupo de manifestantes tentou forçar a entrada na chamada Blue Zone da COP30 , área restrita onde ocorrem as negociações oficiais. A ação resultou em tumulto, ferimentos em seguranças, portas quebradas e bloqueio temporário da saída de credenciados. 

Uma das motivações centrais do protesto foi justamente a exclusão real das mesas de negociação: ainda que houvesse indígenas credenciados, lideranças afirmam que os povos originários “não são ouvidos” nas decisões principais da conferência,  embora o tema lhes diga respeito direto. 

O episódio expõe uma contradição: estar presente fisicamente dentro da COP30 não significa ter voz nas decisões que afetam seus territórios e modos de vida. A invasão simboliza que, para muitos povos indígenas, “as mesas” ainda permanecem inacessíveis, e que a democracia climática reivindicada não se traduz em participação igualitária. Fonte: Poder360

Marcha Mundial pelo Clima acontece no dia 15 em Belém

A Marcha Mundial pelo Clima, marcada para o dia 15 de novembro em Belém, reunirá coletivos, povos indígenas, lideranças amazônicas e organizações nacionais e internacionais durante a COP30. O encontro, que também contará com a participação da Cúpula dos Povos e da COP das Baixadas, será um grito coletivo pela justiça climática e pela efetivação de políticas públicas de mitigação e adaptação às mudanças do clima. Oficinas de cartazes e bonecos gigantes, além do Cortejo Visagento, darão o tom cultural e simbólico do evento, cujo lema deste ano é “Lutar e resistir contra os predadores da vida disfarçados de progresso.”

A Marcha pretende pressionar governos e instituições por ações concretas no enfrentamento da crise climática, relembrando que, em edições anteriores da COP, as manifestações de rua foram limitadas. Entre os temas em destaque estão o financiamento climático, o desenvolvimento sustentável e o fortalecimento das comunidades tradicionais e extrativistas, que levarão à Conferência o documento “Nossa Chance para Adiar o Fim do Mundo”, com mais de 30 propostas, incluindo demarcação de terras, energias renováveis e restauração ambiental.

O evento também marca os dez anos do Acordo de Paris, firmado para conter o aquecimento global, mas que ainda enfrenta falhas de cumprimento e revisão de metas. Apenas 60 dos 197 países signatários atualizaram suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), comprometendo o avanço nas metas de descarbonização. Segundo especialistas, a marcha é uma resposta à lentidão das negociações e um chamado à transição justa, com foco na inclusão social e na valorização dos territórios amazônicos.

A Marcha Mundial pelo Clima representa a retomada das ruas como espaço político e a exigência de que o financiamento e as decisões climáticas cheguem às comunidades que vivem e protegem a floresta. “Para ter justiça climática, tem que ter justiça social”, resumiu Ana Rosa Cyrus, do Engajamundo, que lidera a campanha “A gente cobra”, pedindo a taxação de milionários e maior compromisso global com a Amazônia e os povos que a sustentam. Fonte: Ciclo Vivo

COP30 mobiliza 3 mil indígenas em Belém

Indígenas participam da inauguração da AldeiaCOP em Belém- Foto Bruno Peres/Agência Brasil

Pela primeira vez na história das conferências climáticas, o movimento indígena brasileiro conquistou um espaço sem precedentes na COP30, em Belém. Com o apoio do governo federal, cerca de 400 lideranças indígenas foram credenciadas para participar diretamente das negociações oficiais, enquanto uma AldeiaCOP com 3 mil indígenas, incluindo representantes da América Latina, África e Ásia, foi instalada na capital paraense. Outros 2 mil indígenas também estão espalhados pela cidade, somando a maior presença indígena já registrada em uma COP. A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, destacou que a Amazônia não pode ser protegida sem os povos que nela vivem: “Proteger a floresta custa vidas. Não haverá solução sem a presença indígena.”

Montada no Colégio de Aplicação da UFPA, a AldeiaCOP foi pensada para refletir a dinâmica de uma aldeia real, com espaços de convivência, alimentação, debates e rituais. A estrutura abriga ainda uma feira de bioeconomia, um palco para apresentações culturais e uma casa espiritual dedicada às medicinas tradicionais. Segundo Kléber Karipuna, coordenador da Apib e da Coiab, o espaço simboliza acolhimento e resistência: um ambiente que conecta o modo de vida indígena ao centro das discussões climáticas globais.

A mobilização faz parte do Círculo de Povos, iniciativa da presidência brasileira da COP30, que envolveu 2 mil indígenas de 361 etnias em um processo de formação política. Os povos originários buscam garantir o reconhecimento da demarcação de terras como política climática, o acesso direto a fundos de financiamento internacional e o reconhecimento da proteção territorial como ação essencial de mitigação da crise do clima. Além da participação nas negociações oficiais, os indígenas protagonizam programações paralelas, como o Festival de Cinema Ecos da Terra e a Casa Maraká, reafirmando que não há justiça climática sem a voz e o protagonismo dos povos da floresta. Fonte: Agência Brasil

Quarto dia da COP30 terá apresentação da Estimativa Global de Carbono

O Brasil deve lançar um plano de ação com estratégias de saúde, hoje (13/11) , no quarto dia de COP30. A ideia é construir, pela primeira vez, uma agenda global da saúde para o combate à crise no clima em todo mundo.

Além disso, tem muita coisa prevista para esse quarto dia de Conferência. Às 9h as presidências da COP29 e da COP30 participam de um diálogo de alto nível sobre transparência. Logo depois, às 10h, a Universidade de Exeter, na Inglaterra, deve transmitir a "Estimativa Global de Carbono" para este ano. Os dados já adiantados mostram que as emissões globais provenientes de combustíveis fósseis devem aumentar 1,1% em 2025, atingindo um recorde histórico.

No fim do dia, às 18h, o presidente da COP 30, André Corrêa do Lago, se reúne com o secretário da Convenção-Quadro da ONU sobre a Mudança do Clima e mais representantes dos povos indígenas.  Fonte: Agência Brasil

COP30: Relatório aponta que mundo caminha para aquecimento catastrófico de 2,6°C 

Foto: Getty/Getty Images

Leia mais em: https://veja.abril.com.br/agenda-verde/cop30-relatorio-aponta-que-mundo-caminha-para-aquecimento-catastrofico-de-26c/

Um novo relatório divulgado na véspera da COP30 em Belém indica que, mesmo com a atualização das metas nacionais de ação climática (NDCs), o mundo ainda caminha rumo a um aquecimento médio de 2,6 °C até o fim do século, bem acima dos limites de 1,5 °C a 2 °C estabelecidos pelo Acordo de Paris. 

O documento ressalta que as políticas atuais têm impacto quase nulo nas projeções globais, resultando em cenários de eventos climáticos extremos mais frequentes, colapsos de ecossistemas e grandes perdas econômicas e sociais. 

Apesar de reconhecer avanços, como a transição para energias renováveis, o relatório alerta que sem um aumento significativo na ambição e no cumprimento das metas, o planeta seguirá em rota crítica. Em outras palavras: o mundo não está apenas atrasado, está em risco agravado de entrar em território climático catastrófico. Fonte VEJA


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