Encontro+B Amazônia 2025: Tucum apresenta case de impacto em Belém
O Encontro+B Amazônia 2025, realizado em Belém entre 3 e 5 de setembro, reúne lideranças empresariais, comunidades indígenas, investidores e sociedade civil para discutir o papel da região amazônica na agenda global de impacto socioambiental. Entre os destaques está a participação da Tucum, representada por sua CEO, Amanda Santana, no painel de abertura “Elevando o Nível”. Amanda apresentará o case da empresa com a fala “Caso de Empresa B, aumentando o nível de impacto”, reforçando o propósito da Tucum em alinhar seus negócios às transformações que o mercado e o planeta exigem.
Amanda destaca que a Tucum praticamente nasceu como uma empresa B, pois desde sua fundação já carregava o propósito de valorizar povos indígenas e proteger a floresta. Durante a pandemia, a empresa decidiu intensificar esse movimento, tornando a certificação uma prioridade. Para ela, participar pela primeira vez do Encontro+B em Belém é uma honra e também uma grande responsabilidade: “É emocionante estar na Amazônia, tão perto da COP30, e poder representar nossa região como um exemplo de impacto positivo. É um momento que vai marcar nossa trajetória”, afirmou.
Além da Tucum, outras startups aceleradas pela Amaz também integram a programação, como a Manioca e a Mahta, que debaterão no painel “Ativando o Futuro” sobre ações coletivas rumo à COP30. A escolha de Belém como sede da sexta edição do evento reflete a relevância estratégica da região amazônica no debate climático global. Para a Tucum, a participação simboliza não apenas reconhecimento, mas também a reafirmação de seu compromisso em ser ponte entre a floresta, os povos indígenas e um futuro sustentável. Fonte: I9Brasil
Jornada de Formação para a COP30 fortalece o protagonismo indígena diante da crise climática
As lideranças foram indicadas por organizações de base indígenas, como parte da preparação para a COP30 de Belém. - Foto: Mre Gavião I Ascom MPI
O Ministério dos Povos Indígenas (MPI), em parceria com a Fundação Amazônia Sustentável (FAS), a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), lançou a Jornada de Formação para a COP30, um processo de capacitação voltado a cerca de 350 lideranças indígenas de todos os biomas do Brasil. O objetivo é ampliar a participação indígena nos espaços de decisão sobre justiça climática, em preparação para a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, que será realizada em Belém (PA) em novembro de 2025.
Durante a formação, lideranças vão debater os impactos da crise climática em seus territórios, estratégias de incidência política e propostas de preservação cultural e ambiental. Para a ministra Sonia Guajajara, a iniciativa representa um passo histórico para garantir que os povos indígenas tenham a maior e mais qualificada participação já registrada em uma COP. Já Rosa dos Anjos, da FAS, destacou que cada etapa reafirma o compromisso de fortalecer o protagonismo indígena na defesa de modos de vida, saberes tradicionais e autonomia territorial.
As aulas acontecem de forma on-line, por meio do Centro Amazônico de Formação Indígena (CAFI/COIAB), até o final de setembro. Ao fim da Jornada, os participantes irão apresentar Planos de Ação Climática, elaborados coletivamente, a autoridades nacionais e internacionais durante a COP30. Mais do que uma preparação para o evento, a iniciativa busca consolidar a voz e os conhecimentos tradicionais indígenas como peças fundamentais para soluções globais diante da emergência climática. Fonte: MPI
UFRJ propõe “Re-Amazonizar o Brasil” no Festival do Conhecimento 2025
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
O Festival do Conhecimento 2025 da UFRJ acontece nos dias 4 e 5 de setembro, no Fórum de Ciência e Cultura, no Rio de Janeiro, com o tema “Re-Amazonizar o Brasil: Saberes Ancestrais e Tecnologias”. A programação reúne lideranças indígenas, pesquisadores, artistas e ativistas para debater os desafios da Amazônia e das mudanças climáticas, em sintonia com a COP30. Para a pró-reitora de Extensão, Ivana Bentes, o evento funciona como uma espécie de pré-conferência do clima, ao reunir vozes que também estarão em Belém, reforçando a importância da integração entre saberes ancestrais, ciência, arte e políticas públicas.
A abertura será hoje, no dia 4/09 , às 10h, com a apresentação do manifesto “Clima é Saúde, Saúde é Clima”, e contará com a participação de nomes de destaque como Sinéia do Vale, representante indígena na COP30; Eduardo Viveiros de Castro, antropólogo da UFRJ; Inara Nascimento, indígena Sateré-Mawé e professora de saúde coletiva; Dzoodzo Baniwa, ativista da educação indígena; e Ethel Maciel, representante da saúde do Brasil na COP30. O encontro busca colocar a Amazônia no centro do debate climático e projetar futuros possíveis para o planeta. Fonte: Agência Brasil
1º Encontro Nacional de Comunicadores Indígenas faz história em Belém
Foto: Helder Rabello I Ascom MPI
O 1º Encontro Nacional de Comunicadores Indígenas, realizado em Belém na Casa Maraká, reuniu mais de 100 comunicadores de 62 povos de todos os biomas do país. O evento, promovido pelo Ministério dos Povos Indígenas e pelo Coletivo Mídia Indígena, marcou um divisor de águas ao fortalecer a rede nacional de comunicadores e alinhar estratégias para a cobertura da COP30, além de celebrar os 10 anos da Mídia Indígena. Oficinas, debates e iniciativas culturais compuseram a programação, reforçando o papel da comunicação como ferramenta de luta, mobilização e resistência.
A iniciativa é fruto de um mapeamento nacional que identificou mais de mil comunicadores indígenas atuantes, revelando diferentes níveis de acesso tecnológico e a necessidade de formações que ampliem a participação qualificada. Representantes de povos de países vizinhos também se inscreveram, mostrando o alcance transnacional da comunicação indígena. Para lideranças como Priscila Tapajowara e Erisvan Guajajara, o encontro simboliza o fortalecimento da voz indígena e a possibilidade de construir narrativas próprias que dialoguem com a sociedade e ampliem o protagonismo dos povos originários.
Além de destacar a memória ancestral da comunicação indígena, palestrantes como Ricardo Ykarunī Nawa e Daiara Tukano ressaltaram a continuidade histórica dessa prática, agora potencializada pelas novas mídias. Jovens jornalistas, cineastas, fotógrafos e radialistas indígenas estão ampliando essa rede e garantindo que tradições e lutas caminhem lado a lado com inovação e criatividade. O encontro reforçou que comunicação também é território, memória e proteção, sendo essencial para garantir que nenhuma violência passe despercebida e que os direitos dos povos indígenas sigam visíveis e reconhecidos. Fonte: MPI
Vitória do povo Tupinambá
Foto por Renato Santana
A Justiça Federal anulou uma ação movida por fazendeiros e reconheceu a posse tradicional da Terra Indígena Tupinambá de Olivença, na Bahia, em uma decisão considerada histórica. O território, que abrange os municípios de Ilhéus, Una e Buerarema, está em processo de demarcação pela Funai desde os anos 2000, mas segue marcado por invasões, grilagem e conflitos agrários que impactam diretamente a vida das comunidades.
A sentença representa um avanço significativo no reconhecimento dos direitos territoriais indígenas e é celebrada como vitória não apenas para o povo Tupinambá, mas para todo o movimento indígena, que há décadas luta pela proteção de seus territórios e pela garantia de viver em paz em suas terras ancestrais. Fonte: APIB
Ações de desintrusão fazem garimpo recuar nas maiores Terras Indígenas da Amazônia
Garimpo ilegal na Terra Indígena Kayapó, no estado do Pará, em 2017. — Foto: Felipe Werneck/Ibama
Dados inéditos do Greenpeace Brasil mostram que as operações de desintrusão coordenadas pelo Ministério dos Povos Indígenas têm reduzido significativamente o avanço do garimpo em terras indígenas. No primeiro semestre de 2025, houve queda de 95,18% no garimpo na TI Yanomami e 41,53% na TI Munduruku, em comparação ao mesmo período do ano passado. Já na TI Kayapó, embora tenha havido aumento de 1,93% na área degradada, não foram abertas novas frentes de garimpo após o início da desintrusão em maio. Em junho, os três territórios monitorados registraram zero abertura de novas áreas.
Em termos absolutos, a floresta perdeu 252 hectares para a atividade garimpeira entre janeiro e junho de 2025, frente aos 417 hectares no mesmo período de 2024. A TI Yanomami foi a que obteve melhor resultado, com apenas 8,16 hectares de desmatamento, seguida da TI Munduruku, com 11,81 hectares, e da TI Kayapó, com 232,1 hectares. O Greenpeace ressalta que a queda representa uma chance de recuperação da biodiversidade e de segurança para os povos indígenas, defendendo a ampliação das ações de desintrusão para outros territórios ameaçados.
Na contramão desse avanço, a TI Sararé (MT), território do povo Nambikwara, segue sob forte pressão. Entre janeiro e junho de 2025, o garimpo destruiu 773 hectares, área equivalente a 1.082 campos de futebol, mesmo após quatro operações de combate. As aldeias Pivi, Serra da Borda e Paukalira estão entre as mais impactadas. Segundo o Greenpeace, embora as operações tenham desmantelado centenas de acampamentos e inutilizado máquinas pesadas, é urgente avançar para uma desintrusão que desarticule também a logística e o fluxo financeiro que sustentam o garimpo ilegal. Fonte: Greenpeace