Flotilha Yaku Mama: a jornada das águas rumo à COP30
Foto: Karen Toro | Reuters
Das montanhas geladas do Equador até as águas da Amazônia, povos indígenas, mulheres, jovens e artistas embarcaram em uma travessia histórica: a Flotilha Yaku Mama. A expedição parte do glaciar Cayambe, a 4.600 metros de altitude, e percorre mais de 3.000 quilômetros até Belém do Pará, levando uma mensagem poderosa à COP30, as soluções para a crise climática precisam nascer dos territórios e dos povos que cuidam da vida.
Inspirada no espírito sagrado da “Mãe da Água”, símbolo da força vital que conecta os mundos e dá origem à vida, a flotilha atravessará Equador, Peru, Colômbia e Brasil, levando saberes, denúncias e propostas que unem ancestralidade e ação climática. Essa coalizão exige o reconhecimento dos direitos territoriais, a proteção dos defensores ambientais e a inclusão dos conhecimentos indígenas nas políticas globais.
A jornada será documentada em tempo real pela Mídia NINJA, que acompanhará cada parada e encontro dessa expedição que faz da navegação um ato político e espiritual. A Yaku Mama não é apenas uma viagem , é um chamado pela vida, pela água e pela floresta. Fonte: Midia Ninja
Presidente da Funai sob Bolsonaro é condenado a 10 anos de prisão por perseguir servidores e indígenas
Foto: Divulgação | Governo federal
O ex-presidente da Funai durante o governo Bolsonaro, Marcelo Augusto Xavier da Silva, foi condenado a 10 anos de prisão pela Justiça Federal do Amazonas por denunciação caluniosa, em decisão da 2ª Vara Federal Criminal. A acusação afirma que ele perseguiu servidores da Funai, líderes indígenas e entidades defensoras de povos indígenas para forçar aprovações de licenças ambientais, inclusive pressionando para liberar o licenciamento do Linhão de Tucuruí.
Segundo a sentença, Xavier agiu com o objetivo de “intimidar e pressionar” servidores que resistiam às ordens, ignorando formalidades técnicas e os direitos dos indígenas envolvidos. A defesa já anunciou que recorrerá da condenação Fonte: Folha de São Paulo
Cacique Raoni é homenageado em Londres e recebe prêmio das mãos de Anitta
Foto: Divulgação
Uma noite marcante em Londres celebrou a força e a sabedoria dos povos indígenas. Durante o 13º Prêmio Cultural Liberatum, realizado nesta quarta-feira (15), Anitta entregou ao cacique Raoni Metuktire o troféu de destaque da noite, reconhecendo sua trajetória como símbolo mundial na preservação da cultura indígena e na defesa do meio ambiente.
O evento, que reuniu nomes influentes da arte e da sustentabilidade, teve momentos de emoção e celebração. Familiares de Raoni subiram ao palco e cantaram ao lado da artista brasileira, em uma homenagem que uniu tradição e contemporaneidade. A cerimônia também contou com a presença de Trudie Styler e Bianca Jagger, que posaram com a coanfitriã Anitta e o líder Kayapó, reforçando o alcance global da luta indígena pela vida e pela floresta. Fonte: @midiaindigenanaooficial
Infância Yanomami: Sabedoria Ancestral e Desafios para o Futuro
Foto: UNICEF
Como é nascer e crescer Yanomami, e como garantir o futuro dessas crianças e jovens? Um novo estudo do UNICEF, realizado com o apoio da Hutukara Associação Yanomami (@hutukara_yanomami) e financiamento da União Europeia (@eu_echo), revela a profundidade da sabedoria ancestral desse povo, sua conexão com a floresta e a importância da coletividade na formação das novas gerações.
As tradições, crenças e modos de viver Yanomami ensinam sobre cuidado, respeito e reciprocidade, valores que sustentam o equilíbrio entre as pessoas e a natureza. No entanto, a interação com o mundo não indígena traz novos desafios para os direitos e o bem-estar das crianças e jovens, exigindo políticas que respeitem sua cultura e garantam condições dignas de vida. Fonte: UNICEF
Acesse o estudo completo: unicef.org.br
Pré-COP começa com contribuições de 67 países para negociações globais
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
A Pré-COP30 começou nesta segunda-feira (13), em Brasília, reunindo representantes de 67 países em preparação para a COP30, que ocorrerá em novembro, em Belém. Na abertura, o presidente em exercício Geraldo Alckmin destacou a importância de transformar discursos em ações concretas e propôs três eixos centrais para guiar os trabalhos: reforçar o multilateralismo, conectar a agenda climática à vida das pessoas e acelerar a implementação do Acordo de Paris. O secretário executivo da Convenção do Clima da ONU, Simon Stiell, reforçou a necessidade de cooperação global independente de divergências políticas.
O Círculo de Presidentes da COP, liderado por Laurent Fabius, apresentou quatro pilares para fortalecer a governança climática: inspiração, implementação, inclusão e inovação, com foco em ampliar a participação de povos indígenas, afrodescendentes e comunidades tradicionais. Já o Círculo dos Povos, conduzido pela ministra Sônia Guajajara, celebrou o avanço histórico na inclusão indígena, prevendo a presença de mais de 3 mil representantes na “Aldeia COP” e reforçando a defesa dos territórios e do financiamento direto para povos originários e comunidades tradicionais.
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
No campo das finanças climáticas, o ministro Fernando Haddad apresentou as prioridades do Círculo de Ministros das Finanças, que incluem a ampliação de fundos climáticos, a reforma dos bancos multilaterais e a criação de mecanismos inovadores de investimento sustentável. Entre as iniciativas em destaque estão o Fundo Florestas Tropicais para Sempre e a proposta de uma supertaxonomia global para orientar o financiamento verde. Um relatório final será entregue em Belém com metas para mobilizar US$ 1,3 trilhão em investimentos sustentáveis.
Encerrando a cerimônia, a ministra Marina Silva, líder do Círculo do Balanço Ético Global, ressaltou a importância de incorporar dimensões culturais, raciais e intergeracionais nas decisões climáticas. O grupo realizou diálogos em todos os continentes, reunindo mais de 3,7 mil pessoas, e defende uma transição que una ciência, ética e justiça. Marina concluiu pedindo que a COP30 se torne “um marco histórico” para evitar os pontos de não retorno do clima e do multilateralismo, simbolizando uma nova era de cooperação global pela vida na Terra. Fonte: Agência Brasil
