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Observatório Tucum
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Demarcação de Terras Indígenas avança, mas ritmo é lento

Índios marcham pela Esplanada dos Ministérios

Foto:Evaristo Sá/AFP 

Nos últimos anos, o Brasil voltou a avançar na demarcação e proteção de Terras Indígenas, com aumento de 62% no orçamento destinado à pauta em 2024, segundo relatório do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc). Apesar desse crescimento, o ritmo ainda é considerado lento. Foram demarcadas 13 terras e publicadas 11 portarias declaratórias entre 2023 e 2024 — um contraste com a gestão anterior. O orçamento subiu de R\$ 232 milhões para R\$ 377 milhões, sendo metade proveniente de crédito extraordinário via ADPF 709. A execução financeira também melhorou, passando de 41% para 53%.

No entanto, o Inesc alerta que ainda é urgente fortalecer os órgãos responsáveis e enfrentar entraves políticos e burocráticos que impedem o avanço de mais de 200 processos de demarcação. O relatório também aponta um cenário preocupante para 2025: a Secretaria de Saúde Indígena sofrerá cortes superiores a 50%, passando de R\$ 3 bilhões para R\$ 1,3 bilhão. A redução preocupa, especialmente após a crise sanitária entre os Yanomami. Entre as recomendações do Inesc estão a regularização fundiária de territórios quilombolas e o incentivo à produção e comercialização para povos tradicionais. Fonte: Inesc

Plataforma oferece dicionários multimídia para línguas indígenas

Foto:  Marcelo Camargo/Agência Brasil

Neste ano, o Museu Emílio Goeldi lançou uma iniciativa inovadora: uma plataforma de dicionários multimídia para línguas indígenas, acessível online e por app, que busca valorizar e fortalecer os idiomas tradicionais. A ação ganha ainda mais relevância diante de dados alarmantes, como a alta mortalidade infantil entre indígenas e a grave situação de desnutrição enfrentada pelos Yanomami. O mês dos povos indígenas, portanto, é também um chamado à justiça social e ao respeito à diversidade cultural brasileira. Fonte: Agência Brasil

MS concentra mais da metade das tentativas de assassinato de indígenas no País

Cerca de 300 indígenas dos povos Tupinambá e Pataxó estão na capital federal para participar da audiência pública, promovida pelo MPF, que iniciou com um minuto de silêncio em memória de Vitor Braz. Foto: Tiago Miotto | Cimi

 Foto: Tiago Miotto | Cimi

Apesar da leve queda no número total de conflitos no campo em 2024, a violência contra povos indígenas e comunidades tradicionais segue alarmante, especialmente em Mato Grosso do Sul. Segundo o relatório da CPT, o estado concentrou 52% das tentativas de assassinato contra indígenas no país, com 42 denúncias. Das 103 tentativas de homicídio registradas em disputas por terra no Brasil, 79% tiveram indígenas como alvo, com ataques ligados a áreas de retomada e conflitos com fazendeiros. A atuação de grupos organizados, como o "Invasão Zero", também preocupa, com indícios de ações coordenadas semelhantes às de milícias rurais. O estado ocupa a 7ª posição nacional em número de conflitos por terra, demonstrando que, mesmo com a redução de 3% nos casos em relação a 2023, a violência permanece intensa. Fonte: Campo Grande News

Santa Cruz Cabrália sedia Jogos Indígenas Pataxó 2025 com 800 atletas; confira a programação

Foto: Reprodução / Setre

A praia de Coroa Vermelha, em Santa Cruz Cabrália (BA), recebe entre os dias 27 e 30 de abril os Jogos Indígenas Pataxó 2025, reunindo cerca de 800 atletas indígenas em 10 modalidades tradicionais como zarabatana, corrida de tora e arco e flecha. O evento, que une esporte e cultura, é promovido pelo Governo da Bahia em parceria com o Movimento Indígena da Bahia, com investimento de R\$ 250 mil para valorizar as tradições dos povos originários. Além de premiar os vencedores, o desempenho nas provas garantirá vagas para os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, em outubro. A expectativa é reunir mais de três mil pessoas entre indígenas, moradores e turistas, fortalecendo a cultura e a resistência do povo Pataxó.  Fonte: Bahia Notícias 

Confira a programação:

  • Dia 27/04 14h – Chegada das delegações 16h – Apresentações das delegações 18h – Cerimônia de abertura
  • Dia 28/04 08h – Abertura oficial dos jogos 09h – Corrida de Maraká 11h – Zarabatana 12h – Almoço (Mãgutxi) 14h – Apresentação cultural 15h – Arco e flecha 17h – Arremesso de takape 19h – Apresentação cultural
  • Dia 29/04 08h – Apresentação das delegações 09h – Cabo de guerra 10h – Corrida rústica 12h – Almoço (Mãgutxi) 14h – Apresentação cultural 16h – Canoagem 18h – Apresentação cultural
  • Dia 30/04 08h – Apresentação das delegações 09h – Luta corporal (Patyu Mywkã’ãy) 11h – Corrida de tora 13h – Almoço (Mãgutxi) 15h – Premiação 17h – Desfile Pataxó 19h – Cerimônia de encerramento

Juventude da Aldeia Marakana em Inhotim

No último sábado, foi reinaugurada a Galeria Claudia Andujar no Instituto Inhotim com a exposição “Maxita Yano” — que significa “casa de terra” em Yanomami. A mostra reúne 22 artistas indígenas da América Latina, incluindo a fotógrafa Tayná Uràz, que apresenta a série “Tekohaw Maraka’ná”, retratando a vivência dos jovens indígenas da Aldeia Marakanã em contexto urbano no Rio de Janeiro.

Durante a inauguração, a Liderança da Juventude da Aldeia Marakanã marcou presença, representando a comunidade e celebrando a arte indígena em um momento simbólico. A curadoria é de Beatriz Lemos com assistência de Varusa, e a exposição ficará aberta por tempo indeterminado no Inhotim, que oferece uma rica programação cultural ao público visitante.


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